Encontrar passagens aéreas mais baratas é o desejo de muita gente que viaja com frequência ou está planejando sua próxima aventura. Neste artigo, vamos acompanhar um estudo de caso real feito no site da Azul Linhas Aéreas, simulando buscas de passagens com pontos e comparando preços com outras companhias, como a Latam. A ideia é entender se realmente vale a pena usar pontos na Azul, quando os preços estão mais atrativos e quais alternativas podem ser mais vantajosas.
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Promoção de pontos: o ponto de partida
Antes de começarmos as buscas, é importante destacar uma promoção que estava acontecendo no momento da simulação: a Azul oferecia um bônus de 300% na compra de pontos. Por exemplo, ao comprar 20 mil pontos, o cliente recebia 60 mil de bônus, totalizando 80 mil pontos.
Para quem é cliente do cartão Azul Visa Infinity, havia ainda um desconto adicional de 10%, o que fazia o valor do milheiro cair para R$15,75. Isso influencia diretamente o custo-benefício na hora de resgatar passagens com pontos, e por isso, vale sempre ficar atento a esse tipo de oportunidade.
Simulação de voos na Azul: de última hora e com antecedência
Com os pontos em mãos, começamos as buscas por voos internacionais saindo do Brasil. A primeira simulação foi de Viracopos (Campinas) para Orlando (EUA), com data de partida em 9 de junho, pouco menos de um mês à frente — considerada uma passagem de última hora.
No primeiro momento, não foi possível localizar voos diretos da Azul. Após alguns ajustes, encontramos um voo direto para Fort Lauderdale, saindo às 23h de Campinas e chegando às 6h20. O custo? 182 mil pontos.
A seguir, simulamos o mesmo trajeto para o dia 3 de fevereiro de 2026, uma data com bastante antecedência. O resultado surpreendeu: o mesmo valor, 182 mil pontos. A expectativa era que o preço fosse menor por causa da antecedência, mas isso não ocorreu.
Na terceira simulação, empurramos a data ainda mais para frente: 9 de junho de 2026. O resultado foi assustador — o voo apareceu custando 864 mil pontos, um salto absurdo em relação às datas anteriores.
Esse aumento drástico reforça o que muitos chamam de inflação dos pontos da Azul, um fenômeno que vem sendo comentado por viajantes e especialistas no setor.
Comparando com a Latam: mais vantagem com menos pontos
Para ter uma base de comparação, realizamos a mesma simulação de voos com pontos na Latam, partindo de Guarulhos para Orlando, também no dia 9 de junho.
O resultado foi bem diferente: a Latam apresentou voos por 88 mil a 91 mil pontos, com opções diretas e com conexão. Ou seja, quase metade do custo que a Azul estava cobrando.
Mesmo ao simular datas mais distantes, como 3 de fevereiro de 2026, os valores na Latam se mantiveram estáveis, girando em torno de 91 mil pontos. Isso mostra que a empresa tem um padrão mais previsível e competitivo no uso de milhas.
Outro ponto importante é o custo do milheiro. Embora a Azul permita comprar pontos por valores mais baixos (como R$15,75), o valor médio na Latam gira entre R$25 e R$30. Ainda assim, os preços finais dos voos com milhas acabam sendo mais vantajosos na Latam.
Quando realmente vale a pena usar pontos na Azul?
Mesmo com os altos valores em voos internacionais, a Azul pode oferecer vantagens em outras situações. Um exemplo é o programa Azul Pelo Mundo, que permite resgatar voos com empresas parceiras, como Copa Airlines, United e outras.
Esses voos costumam ser mais baratos quando pagos com pontos da Azul, principalmente em destinos internacionais, como Nova York e Chicago. No entanto, durante a simulação, o site da Azul enfrentou diversos bugs, dificultando a visualização e o acesso aos voos dessas parceiras. Ainda assim, usuários relatam que conseguem bons preços por essa via.
Além disso, promoções nacionais da Azul podem valer muito a pena. Voos dentro do Brasil e até mesmo voos dentro da Europa operados por empresas parceiras da Azul costumam oferecer bom custo-benefício.
A lógica por trás dos preços: demanda e ocupação
Uma das explicações para a variação dos valores está diretamente ligada à lógica da ocupação dos voos. É como o exemplo de um hotel com 100 quartos, mas apenas 20 ocupados. O que faz mais sentido para o dono do hotel? Reduzir os preços para atrair hóspedes.
O mesmo acontece com as companhias aéreas. Voos próximos à data de embarque, em períodos de baixa demanda ou com poucos assentos vendidos, tendem a ficar mais baratos, como uma forma de atrair mais passageiros. Por isso, em algumas situações, pode valer a pena comprar voos com 15 dias ou até uma semana de antecedência.
A compra de hotéis com pontos: ainda vale a pena?
No passado, utilizar pontos da Azul para reservar hotéis era uma estratégia interessante. Hoje, isso já não parece tão vantajoso. Em comparações recentes feitas com plataformas como o Booking.com, os preços pagos com pontos da Azul não compensam tanto, mesmo com milheiro mais barato.
Por isso, para quem está pensando em usar seus pontos para hospedagem, vale a pena simular também nos sites tradicionais e comparar com as ofertas da Azul.
Conclusão: Azul pode ser útil, mas com estratégia
A análise mostra que a Azul tem sim seus diferenciais, especialmente quando falamos de voos com parceiras e promoções nacionais. Porém, os preços elevados dos voos internacionais, somados à instabilidade do site e à imprevisibilidade nas pontuações, podem afastar muitos usuários.
Ainda assim, com atenção às promoções e aproveitando o Azul Pelo Mundo, é possível encontrar boas oportunidades. O segredo está em acompanhar as ofertas, entender a lógica de precificação e não confiar somente em uma companhia — simule sempre em outras empresas, como Latam, Gol e até internacionais.
E você, já encontrou voos mais baratos com a Azul? Já usou seus pontos para viajar com alguma parceira? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua experiência!
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